
Das minhas incertezas.
Sempre me atraio por coisas que estão fora do meu alcance.
Perdida entre palavras sem sentido, cigarros, bebidas e noites em claro.
Pessoas passam por mim num simples instante.
E somem, se dissipam no espaço inconstante.
Tempo que foge atemporal.
Essa aflição de não sentir nada.
Esse vazio que consome o meu viver.
Falta de fascínio.
Placebo de borboletas estomacais.
Quem me encontra logo me perde.
Nada é o suficiente.
Monotonia diária.
Deslumbro-me por coisas distantes.
Nem sei mais aonde vou e quem sou.
Tudo me interpreta mal.
Ninguém me decifra.
Cansada de me preocupar com coisas fúteis.
De me desgastar com pessoas mal resolvidas.
Sabe o que eu quero?
Quero viver sem medo, quero verdades inteiras, deixar as coisas passarem num processo claro e natural.
Não quero esconder o que sou de ninguém, não precisam se assustar.
Sou uma combinação de características tão simples.
Pessoas que são complicadas.
Dentro de suas rotinas egocêntricas e clichê.
Quero uma boa conversa sincera.
Uma xícara de café confortável e quente.
Distrair-me por besteiras.
Ser espontânea, sem medo de julgamentos e determinações.
Não quero ter que esconder meus sentimentos por medo.
Quero me deixar ir.
Quero que fiquem por vontade.
Cansei simplesmente de sempre ser uma grande fortaleza...
Quero desmoronar quando as coisas estiverem conturbadas.
Poder chorar de suspirar quantas lágrimas eu quiser.
Arrepender-me de coisas que fiz.
Fazer coisas estúpidas, no entanto que prejudique só a mim.
Dessas coisas estúpidas algumas delas não me arrepender.
Quero que algumas coisas simples de vivência se concretizem.
Cada vez que um sonho morre, uma parte da minha alma se apaga.
Basta-me ver sentido nas pequenas coisas.
Mas também quero enxergar além.
Então, é assim, nada tão complicado, só necessito achar o meu eu perdido.
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