Às vezes pareço não pertencer a esse tipo de mundo.
Quanto mais vivo, menos sei e uma ânsia maior por conhecer toma conta de mim!Não acredito no tempo cronológico, contado por segundos, minutos, horas, frações de tolos segundos.Sinto-me tão preza a um tipo de contagem que não tem o mínimo sentido.O tempo pra mim não existe, não é algo que possa ser contado dentro de um espaço físico.Acredito, embora não fielmente, na transcendência das coisas em si.Aprendo a cada dia que tudo é uma questão de espera.O precipitado faz o inacabado, e o que é intenso demora mais e requer uma dose homeopática de paciência.Alguns caminhos são nos dado como escolha, outros como algo inevitável e irreversível.Levo em mim um pedaço da alma de cada pessoa que teve um significado, seja no caminho de escolha ou no do inesperado.Creio que só faço algo com nobreza e excelência se for ao meu próprio ritmo, particular para cada ofício.Não suporto mais ter pressa.Se formos analisar com aspecto calculista o que é a vida, é nada mais do que viver para morrer.E isso de fato, nos aterroriza e amedronta, é a nossa única certeza.Pois então, não sei quando nem como, e por isso quero ter minha própria freqüência.Não que às vezes eu não vá ter surtos e pedir a loucura da vontade.Pedir a insanidade psicológica e carnal.Mas tento fazer uma coisa de cada vez, com vontade, açúcar, acidez, delírio ou coesão.Espero pra sentir, pra ver, pra aprender.Dia após dia, mas vivo como se me fosse o último deles.
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Anacrônico.
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