A esperança é o que nos faz prosseguir com os dias.
O que nos mantém em pé.
Mas quando a perdemos, ficamos andando em círculos.
Perdidos, afundando no espaço adimensional.
Esperamos sempre algo de uma forma premeditada.
O que mais vale a pena é o inesperado.
Quando ele nos pega de surpresa.
Subestimamos o nosso tempo e pessoas.
Ansiedade pelo o que ainda está por vir.
Aperto frenético no peito.
Dizem que a vida é curta, mas então por que sempre temos que ter paciência e esperar?
A espera faz alongar mais o trajeto.
Cansada demais pra esperar.
Ansiosa demais pra ter paciência.
Prosseguir com os dias sem pensar em nada, talvez seja o melhor a ser feito.
Ouço buzinas loucas, freio, motor.
Vejo fumaça, calçadas, ruas, confusão de corpos.
Pessoas conversando e atropelando as palavras.
Bonequinhos numa cidade mal projetada e sistemática.
Ninguém olha para o lado.
Cada um está com seus próprios pensamentos sobre o ego.
Pensamentos do tipo: Ah! Ele me ama?
- Quero comprar aquele sapato de salto para combinar com a minha calça de boca apertada.
- De quanto irei precisar para ir a tal festa.
Cruzo com pessoas apressadas, desenfreadas, provavelmente nunca terei nenhum vinculo com elas.
Somente passam em meu caminho.
Afinal, quem se importa com isso?
Os dias se resumem em encontros e desencontros.
Idas e vindas.
Esperanças perdidas.
Lembranças dissipadas e quebradas.
Sonhos indefinidos.
Alguns dias pessimistas, outros otimistas.
Uns singulares, outros plurais.
Amor e desamor.
Ás vezes gostaria de flutuar acima disso tudo.
Ando distraída.
Coração pula fora do peito.
Muito café, isso me sustenta.
Encontros casuais, instantâneo.
Incerteza devastadora coroe a alma e enfraquece o espírito.
Lábios num súbito desperdício de afeto.
Coisas que não condizem com minha mente, somente a esse corpo desesperado e carente.
Confiança corrompida.
O mundo pode ser um tanto cruel, nos dá coisas que não foram feitas pra durar, superficial e sem intensidade.
A ignorância talvez seja uma dádiva.
Simplesmente ignorar toda essa merda!
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