quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Vou cessar essa dor.













Mudança.

Hoje resolvi mudar de postura.

Ter outro ponto de vista.

Quanto a tudo, ao amor, as minhas escolhas e amizades.

Optei por passos mais calmos, uma vida mais tranqüila.

Deixo aqui minha intensa vontade de felicidade e busco uma paz de espírito.

Quero encontrar o meu eu perdido, depois de tantos amantes e infortúnios.

Sensação de nada fazer o mínimo sentido.

Angustia e ansiedade misturados com falta de esperança.

Vá embora...

Por favor, vá de uma vez embora.

Apesar de saber que a única capaz de fazer tudo isso desaparecer sou eu mesma.

Mas minha força foi tomada de mim rapidamente, num fleche de luz.

Cansada demais para continuar algo ou virar o capitulo.

Mas preciso virar as páginas... Prosseguir mais serenamente.

Não sei o que era pra acontecer ou o que foi pura ironia dessa coisa chamada vida.

Não consigo compreender quem era para realmente ter cruzado meu caminho ou o que foi mero acaso.

Tudo tão vazio.

Como se meus sentimentos tivessem sido tomados num desperdício de caricias com cada homem em que estive.

Deixei um pouco de mim ali ou aqui.

E nada restou dentro de mim...

Agora opto por mim, ou por uma coisa chamada sossego.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Apenas respire!











Noites em claro ou mal dormidas.

Destruição alcoólica e moral.

Alma perdida num túnel extenso com um eco que nem sei a dimensão.

O mundo do qual faço parte não tem sentido, nem sentir, só uma dose bem servida.

Toda fez que me curo de uma ressaca, a confusão e o sentimentalismo barato surgem,como que no vazio de uma garrafa.

Nem sei mais de quantas pessoas sumi ou me distanciei.

Saudade de um tempo remoto.

De uma nostalgia não muito longe.

Inocência se foi junto com os sonhos.

Se parar de sonhar, não faz sentido viver.

Mas nesse instante nem sei mais com o que sonhar.

Os meus sonhos mais puros foram tomados de mim numa velocidade invisível.

Suspendo minha lamentação.

Vontade ensurdecedora de gritar!

Penso que não acredito mais numa coisa chamada amor.

A afoguei junto com o álcool barato.

Talvez por medo, ou por um trauma de terapeuta ridículo.

Intensidade de euforia, desânimo e estupidez.

Depressão enfiada dentro de uma valeta suja.

Esses versos, palavras e desabafos são a minha forma de vomitar tudo o que pensei e senti nesses últimos 6 meses.

Se alguém ler, saberá o meu mais frágil defeito de ser um humano.

Provavelmente estarei totalmente exposta, como uma ferida em carne viva.

Assumirei sumir de vez.

Oh covardia escondida por detrás dessa imagem agressiva.

Tudo uma grande besteira!

Imagem nem sempre é algo que possa se chamar de real.

Na verdade não sei mais o que é real, surreal ou irreal.

Todos se misturam numa dimensão só.

Respire fundo e afunde nesse mar de monstros falsos.

Monstros tão iguais e cansativos.

O vazio preenche minha alma.

Sinto-me flutuar acima de toda a ignorância humana.

De tudo o que há de mais superficial no mundo.

Sinto-me sem sentir.

Deixei de acreditar em tanta coisa simples.

Simplicidade além dos olhos.

Mas mesmo assim, não me tornei ao todo superficial, apenas um grande desânimo desiludido.

Somente respire, sim respire fundo.

Flutuar acima de tudo.

A esperança é o que nos faz prosseguir com os dias.

O que nos mantém em pé.

Mas quando a perdemos, ficamos andando em círculos.

Perdidos, afundando no espaço adimensional.

Esperamos sempre algo de uma forma premeditada.

O que mais vale a pena é o inesperado.

Quando ele nos pega de surpresa.

Subestimamos o nosso tempo e pessoas.

Ansiedade pelo o que ainda está por vir.

Aperto frenético no peito.

Dizem que a vida é curta, mas então por que sempre temos que ter paciência e esperar?

A espera faz alongar mais o trajeto.

Cansada demais pra esperar.

Ansiosa demais pra ter paciência.

Prosseguir com os dias sem pensar em nada, talvez seja o melhor a ser feito.

Ouço buzinas loucas, freio, motor.

Vejo fumaça, calçadas, ruas, confusão de corpos.

Pessoas conversando e atropelando as palavras.

Bonequinhos numa cidade mal projetada e sistemática.

Ninguém olha para o lado.

Cada um está com seus próprios pensamentos sobre o ego.

Pensamentos do tipo: Ah! Ele me ama?

- Quero comprar aquele sapato de salto para combinar com a minha calça de boca apertada.

- De quanto irei precisar para ir a tal festa.

Cruzo com pessoas apressadas, desenfreadas, provavelmente nunca terei nenhum vinculo com elas.

Somente passam em meu caminho.

Afinal, quem se importa com isso?

Os dias se resumem em encontros e desencontros.

Idas e vindas.

Esperanças perdidas.

Lembranças dissipadas e quebradas.

Sonhos indefinidos.

Alguns dias pessimistas, outros otimistas.

Uns singulares, outros plurais.

Amor e desamor.

Ás vezes gostaria de flutuar acima disso tudo.

Ando distraída.

Coração pula fora do peito.

Muito café, isso me sustenta.

Encontros casuais, instantâneo.

Incerteza devastadora coroe a alma e enfraquece o espírito.

Lábios num súbito desperdício de afeto.

Coisas que não condizem com minha mente, somente a esse corpo desesperado e carente.

Confiança corrompida.

O mundo pode ser um tanto cruel, nos dá coisas que não foram feitas pra durar, superficial e sem intensidade.

A ignorância talvez seja uma dádiva.

Simplesmente ignorar toda essa merda!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

As pessoas realmente me cansam...

Cansada demais para contestar, as pessoas continuam me cansando com sua disputa de egos acelerada.

Decepção já não tem mais gosto nenhum.

Nem do amargo, nem da melancolia, nem do vazio.

Mato minha solidão num súbito afeto patético.

Sempre me exponho excessivamente.

Julgamentos já não me afetam mais.

Toda vez que pratico a sinceridade de sentimentos, me sinto um tanto estúpida.

Manipulam minha virtude mais pura.

Sinto-me um tanto sugada quando falo das minhas maiores verdades.

Ninguém pra confiar, nem para acreditar.

Deixo-me ir demais, me deixo ser também.

Exposta como uma ferida inútil aberta.

Agora você pode usar as minhas confissões da maneira que desejar.

Desapontando-me.

Não será tão difícil assim...

Somente não há mais argumentos.

Posso ser exagerada, com uma dose única de loucura.

Mas isso nem me importa mais.

Nada me importa.

Gritei minhas palavras, estive nua em frente a uma multidão.

Estive mais fraca.

Mas nada disso me importa...

Portanto, esteja à vontade, me desaponte!

Já que nunca soube realmente como se sentir.

Estrague tudo, desperdice sua carência ridícula!

Fuja como um covarde.

Seja solitário, construa sua muralha sob minha ponte capenga.

E isso não me importará mais...

Não deve ser assim tão difícil.

domingo, 20 de setembro de 2009

Identidade?






Identidade.

Todo propósito da razão pela qual vivemos exige identidade.

Seu nome.

Seu número.

Seu endereço.

A sociedade contemporânea é constituída de mercadorias.

Mercadorias humanas.

Tudo e todos são rotulados.

Rótulo definido: o que vestimos, o que comemos, onde moramos, o que e como falamos.

De um ponto de vista contrário e mais poético as coisas e pessoas vão, além disso.

Se não houvesse poesia, não haveria propósito de viver, apenas de existir e de possuir uma mera identidade.

Não sou apenas o número do meu RG

Não sou o que visto ou o que como.

Sou movida por sensações e emoções.

Sou as minhas lembranças e meus momentos.

Meus desejos e anseios.

As imagens e sons que crio em minha mente.

A sinestesia diária.

Essas frases.

Os medos e sentimentos soturnos.

Sou uma pintura, uma música, um cheiro.

Uma poesia sem rima.

Aleatoriedade de palavras.

Você pra mim não é a sua identidade.

Vejo as pessoas como seres sensíveis ao meio.

Não conforme seus dados pessoais.

Gosto de algo ou alguém pelos seus trejeitos, vivência mutua, ritmo, composição, química, pensamentos e memórias.

O gosto vai além da matéria.

É uma conexão invisível e inexplicável.

Cada elemento ou pessoa tem sua cor.

Um sabor, uma forma peculiar de me cativar.

Vão além de simbolismos medíocres.

Cada um me desperta uma sensação, às vezes de uma dimensão incontável, às vezes de uma dimensão mínima.

Sensações essas que em mim deixam marcas significantes.

Além de um número ditador e estúpido.





quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Perdida dentro de mim...










Perdida dentro de mim.

Das minhas incertezas.

Sempre me atraio por coisas que estão fora do meu alcance.

Perdida entre palavras sem sentido, cigarros, bebidas e noites em claro.

Pessoas passam por mim num simples instante.

E somem, se dissipam no espaço inconstante.

Tempo que foge atemporal.

Essa aflição de não sentir nada.

Esse vazio que consome o meu viver.

Falta de fascínio.

Placebo de borboletas estomacais.

Quem me encontra logo me perde.

Nada é o suficiente.

Monotonia diária.

Deslumbro-me por coisas distantes.

Nem sei mais aonde vou e quem sou.

Tudo me interpreta mal.

Ninguém me decifra.

Cansada de me preocupar com coisas fúteis.

De me desgastar com pessoas mal resolvidas.

Sabe o que eu quero?

Quero viver sem medo, quero verdades inteiras, deixar as coisas passarem num processo claro e natural.

Não quero esconder o que sou de ninguém, não precisam se assustar.

Sou uma combinação de características tão simples.

Pessoas que são complicadas.

Dentro de suas rotinas egocêntricas e clichê.

Quero uma boa conversa sincera.

Uma xícara de café confortável e quente.

Distrair-me por besteiras.

Ser espontânea, sem medo de julgamentos e determinações.

Não quero ter que esconder meus sentimentos por medo.

Quero me deixar ir.

Quero que fiquem por vontade.

Cansei simplesmente de sempre ser uma grande fortaleza...

Quero desmoronar quando as coisas estiverem conturbadas.

Poder chorar de suspirar quantas lágrimas eu quiser.

Arrepender-me de coisas que fiz.

Fazer coisas estúpidas, no entanto que prejudique só a mim.

Dessas coisas estúpidas algumas delas não me arrepender.

Quero que algumas coisas simples de vivência se concretizem.

Cada vez que um sonho morre, uma parte da minha alma se apaga.

Basta-me ver sentido nas pequenas coisas.

Mas também quero enxergar além.

Então, é assim, nada tão complicado, só necessito achar o meu eu perdido.

Saudade de um tempo que não tem mais volta.
O tempo mudou as pessoas já não são mais as mesmas, o lugar se transformou em outro espaço.
Saudade de um futuro utópico.
Utopia essa que trás ansiedade por não saber o que meus dias irão me proporcionar.
Ansiedade por essa época de vazio.
Vazio não sei do quê.
Talvez seja o fato da alma estar fora do corpo.
Roubaram minha identidade.
Só sobrou esse corpo e essa mente cansada, uma carcaça.
Corpo sem razão.
Mente sem pensamentos.
Razão sem objetivo.
Objetivo sem sonhos.
Sonhos perdidos.
Vazios...
Corpo ansioso.
Meu corpo tem tomado todas as minhas atitudes eufóricas e impulsivas.
Mudança constante.
Não do corpo, mas de vivência e convivência.
Mudança de uma fase provisória.
Improviso sem aviso.
Aviso do inesperado.
Inesperado momento de saudade.