Noites em claro ou mal dormidas.
Destruição alcoólica e moral.
Alma perdida num túnel extenso com um eco que nem sei a dimensão.
O mundo do qual faço parte não tem sentido, nem sentir, só uma dose bem servida.
Toda fez que me curo de uma ressaca, a confusão e o sentimentalismo barato surgem,como que no vazio de uma garrafa.
Nem sei mais de quantas pessoas sumi ou me distanciei.
Saudade de um tempo remoto.
De uma nostalgia não muito longe.
Inocência se foi junto com os sonhos.
Se parar de sonhar, não faz sentido viver.
Mas nesse instante nem sei mais com o que sonhar.
Os meus sonhos mais puros foram tomados de mim numa velocidade invisível.
Suspendo minha lamentação.
Vontade ensurdecedora de gritar!
Penso que não acredito mais numa coisa chamada amor.
A afoguei junto com o álcool barato.
Talvez por medo, ou por um trauma de terapeuta ridículo.
Intensidade de euforia, desânimo e estupidez.
Depressão enfiada dentro de uma valeta suja.
Esses versos, palavras e desabafos são a minha forma de vomitar tudo o que pensei e senti nesses últimos 6 meses.
Se alguém ler, saberá o meu mais frágil defeito de ser um humano.
Provavelmente estarei totalmente exposta, como uma ferida em carne viva.
Assumirei sumir de vez.
Oh covardia escondida por detrás dessa imagem agressiva.
Tudo uma grande besteira!
Imagem nem sempre é algo que possa se chamar de real.
Na verdade não sei mais o que é real, surreal ou irreal.
Todos se misturam numa dimensão só.
Respire fundo e afunde nesse mar de monstros falsos.
Monstros tão iguais e cansativos.
O vazio preenche minha alma.
Sinto-me flutuar acima de toda a ignorância humana.
De tudo o que há de mais superficial no mundo.
Sinto-me sem sentir.
Deixei de acreditar em tanta coisa simples.
Simplicidade além dos olhos.
Mas mesmo assim, não me tornei ao todo superficial, apenas um grande desânimo desiludido.
Somente respire, sim respire fundo.