
Quando a idade decide invadir a minha porta me convidando para um chá, disse a mim mesma – Não tenha medo da felicidade. Decidi ser feliz, estampar um sorriso na face. Porém, me esqueci que pra a gente se sentir realmente assim, não basta mostrar a simpatia do dia. Tudo caminha muito lentamente, mas meus anos passam rápido. Ah, meus 20 e poucos anos! E depois, meus 30,meus 40...Palavras de desejo de comemoração ditas em vão e não com o coração.Começo de um novo ano na vida, cheios de expectativas.Fico pensativa, o que de fato fiz que seja honroso.Giro, numa escada que chega até o céu feita com cipó e mais algumas esperanças.Não existe banco, degraus, ou escadas, sei disso,mas mesmo assim me sinto a girar.Tonta, talvez seguida da sensação de estar lenta e dormente.Pessoas se atraem pelo sorriso da decisão em ser feliz.Mesmo assim, me sinto apenas um curinga no meio a um mundaréu de gente.Um curinga risonho e brincalhão que se preocupa mais com os outros do que consigo mesmo, e volto a me esquecer.No domingo decido ser alegre, na terça fico impaciente e sociopata.Somos assim, uma pessoa só, cheia de sonhos dentro de uma porta sem fim.
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