terça-feira, 20 de julho de 2010

A espera do trem sem itinerário.









Parece que sempre estou numa estação de trem à espera de alguém chegar ou ir embora de mim. Perdida sem saber qual vagão escolher, talvez poucas vezes tenha decidido por mim mesma em qual deles entrar. Pareço à pertencer a uma vida que não é minha, a fazer parte de dias que não escolhi ou tracei assim...
Sempre crua pra fazer e encarar as coisas, nem semi-pronta.Tenho a sensação entre o tempo real e o sonho que perdi o controle do que existe a minha volta.Como se tivesse pego um metrô qualquer que por um acaso me empurraram e por um impulso fui parar dentro, sem rumo, sem direção.E então, onde queria estar não existe mais rota ou um cordão de lã pra seguir o tracejado do caminho.Minhas veias sentem a necessidade de encontrar por vontade própria algum grande projeto de vida, acontecer o que eu desejar, o que eu quiser que seja e não mais o que ‘era pra ser então’.Porque ainda sim me restam alguns fios desgastados que interligam o sonho,a ideia, o que me tornei e sempre fui.
Mariela Oliveira.

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